O
primeiro e grande mandamento sempre foi – e é – o maior alvo de
todos os cristãos. Aprendi que o pecado é errar o alvo. Sendo assim
muitos, embora bem intencionados, ainda cometem erros nesse que
sempre será o nosso maior objetivo. Digo, erramos no exercício do
aprendizado continuado de amar a Deus acima de todas as coisas.
Amor
é proveniente da relação que existe entre as partes. Podemos até
amar algo apenas de ouvir falar, mas a crescente desse amor acontece
quando há o aprofundamento das relações de intimidades. Embora
sabendo que quanto mais íntimos me torno de alguém, mas expostos e
desnudos me torno. Portanto, podemos afirmar que amar a Deus é expor
o que somos confiantes no amor dEle.
Cuidadosamente
depois duma introspecção da alma onde avaliamos nossas motivações,
pensamentos e ações, devemos separar o que fazemos do que somos.
Numa delicada e minuciosa busca saberemos que muito daquilo que
fazemos para Deus, fazemos pelas razões e motivações pseudas.
Somos muitos fascinados por fazer a obra de Deus e menos fascinados
pelo próprio Deus.
Queremos
fazer grandes coisas, enquanto que o nosso relacionamento com Ele não
é grande coisa. Estamos realizando muito, porém conhecendo pouco o
Deus pelo qual trabalhamos. Desejamos ver o mar se abrir, vencer
batalhas com apenas 300 homens, fazer cair fogo do céu, mas sem o
mesmo desejo por Deus, por amá-lo.
Talvez
alguém pergunte: “como posso fazer algo pra Deus sem que o
conheça, sem que o ame?”. Quem pergunta isso já a muito se
afastou do Senhor. Devo lembrar meu coração e minha alma
constantemente que fazer não é o bastante, que está morando
debaixo do mesmo teto de Deus não me faz alguém íntimo dEle. Devo
avaliar minhas motivações e saber que elas nem sempre são claras.
Preciso submeter minhas ações ao crivo do amor e não do louvor
(que posso alcançar com o que faço).
Pecar
é errar o alvo e como sou pecador, pois tenho errado no maior alvo
da minha caminhada cristã. O que Jesus fez no Calvário é muito
maior do que salvar o homem do inferno. Jesus nos leva ao caminho de
volta pra casa, pros braços do Pai, onde há espaço para se
relacionar e amar sem vestimentas de santidades manchadas pela
vaidade, sem orações interesseiras e inescrupulosas, sem ofertas
cheias de magoas e rancores, sem jejuns cheios de juízos equivocados
e tendenciosos.
Jesus
nos leva de volta ao Éden, no jardim nós podemos andar nus outra
vez, amando e sendo amado pelo próprio Deus. No jardim podemos ser
outra vez quem somos, sem se preocupar em se esconder e/ou esconder
algo de Deus, pois Ele ver e conhece-nos em nossa intimidade.
Desejo
que possamos amar a Deus muito mais que amamos realizar a Sua obra.
No
Doce e Eterno Amor de Cristo.
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